Entrevista com o fã e coleccionador: Genildo Firmino Santana
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.
Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Genildo Firmino Santana: O meu nome é Genildo Firmino Santana e nasci no dia 1 de Setembro de 1972 no Sitio Cachoeira Grande, município de Tabira, no Estado de Pernambuco, em Brasil. Sou professor de História e Filosofia na Rede Particular de Ensino de Tabira. Ministro palestras sobre cultura popular. Sou poeta, cordelista com sete títulos de cordel, escritor com cinco livros publicados, radialista, além de declamador de poesia popular.

Genildo Firmino Santana: O meu nome é Genildo Firmino Santana e nasci no dia 1 de Setembro de 1972 no Sitio Cachoeira Grande, município de Tabira, no Estado de Pernambuco, em Brasil. Sou professor de História e Filosofia na Rede Particular de Ensino de Tabira. Ministro palestras sobre cultura popular. Sou poeta, cordelista com sete títulos de cordel, escritor com cinco livros publicados, radialista, além de declamador de poesia popular.
Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?
Genildo Firmino Santana: Lá pelos meus oito anos de idade. A minha irmã trabalhava em uma Biblioteca Municipal e me trazia livros infantis junto com revistas de Akim, Fantasma, Zagor e Tex. Com todos, afirmo que aprendi a ler lendo Tex.
Genildo Firmino Santana: Lá pelos meus oito anos de idade. A minha irmã trabalhava em uma Biblioteca Municipal e me trazia livros infantis junto com revistas de Akim, Fantasma, Zagor e Tex. Com todos, afirmo que aprendi a ler lendo Tex.

Porquê esta paixão por Tex?
Genildo Firmino Santana: Eu sempre gostei do género Western. Quando li Tex foi amor à primeira vista. Começou como entretenimento, depois como fonte de conhecimento e, principalmente, como aquisição dos valores morais que a personagem transmite. Tex tem uma carga axiológica enorme. Há em Tex valores morais e éticos que podem ser assimilados pelos leitores. O senso de justiça, a amizade, tudo é motivo para se admirar Tex Willer e seu Universo. Quando leio Tex, eu viajo, relaxo, aprendo.
Genildo Firmino Santana: Eu sempre gostei do género Western. Quando li Tex foi amor à primeira vista. Começou como entretenimento, depois como fonte de conhecimento e, principalmente, como aquisição dos valores morais que a personagem transmite. Tex tem uma carga axiológica enorme. Há em Tex valores morais e éticos que podem ser assimilados pelos leitores. O senso de justiça, a amizade, tudo é motivo para se admirar Tex Willer e seu Universo. Quando leio Tex, eu viajo, relaxo, aprendo.

Genildo Firmino Santana:Tex tem bons argumentos, belos desenhos, uma sequência espectacular. Tex não tem poderes, só habilidades. Habilidades e inteligência acima da média do seu tempo. E há um compromisso dos seus escritores com a Geografia e com a História. Dá para usar a revista de Tex como suporte pedagógico. Eu mesmo já fiz isso no tocante à Guerra da Secessão Americana e nos aspectos culturais de dominação dos povos indígenas.
Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Genildo Firmino Santana: Antes devo dizer o seguinte: por muitos anos eu lia, mas não coleccionava. As dificuldades financeiras e o preconceito com revistas de banda desenhada eram enormes. Só passei a realmente coleccionar quando conheci o G. G. Carsan na 2ª Expo-Tex de João Pessoa, em 2006. Tanto que em 2007 fiz a 1ª Expo-Tex de Tabira. Hoje tenho uma média de quase 680 revistas. Na minha cidade não chega Tex, então só adquiro a revista quando viajo. A mais importante foi a primeira que li: A Fabulosa Cidade do Ouro.
Genildo Firmino Santana: Antes devo dizer o seguinte: por muitos anos eu lia, mas não coleccionava. As dificuldades financeiras e o preconceito com revistas de banda desenhada eram enormes. Só passei a realmente coleccionar quando conheci o G. G. Carsan na 2ª Expo-Tex de João Pessoa, em 2006. Tanto que em 2007 fiz a 1ª Expo-Tex de Tabira. Hoje tenho uma média de quase 680 revistas. Na minha cidade não chega Tex, então só adquiro a revista quando viajo. A mais importante foi a primeira que li: A Fabulosa Cidade do Ouro.

De todos estes, qual o objecto Tex que mais gosta de possuir?Genildo Firmino Santana: “O Precioso”.
Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Genildo Firmino Santana: “O Passado de Kit Carson” e “El Muerto”. Gosto dos desenhos de Civitelli e de Ticci. Como argumentista, Gian Luigi Bonelli e Claudio Nizzi.
Genildo Firmino Santana: “O Passado de Kit Carson” e “El Muerto”. Gosto dos desenhos de Civitelli e de Ticci. Como argumentista, Gian Luigi Bonelli e Claudio Nizzi.

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Genildo Firmino Santana: Os argumentos e os desenhos, o cuidado dos criadores e dos coleccionadores. Além disso, existe em Tex uma espécie de mística que contagia e por ser algo místico é difícil de ser explicado. Tex remete-nos a um outro mundo. E isso na nossa psicologia é imprescindível. Penso que todo o texiano sonha com as galopadas nas pradarias, com um acampamento no deserto, com cavalgadas ao ar livre. Nesta óptica, Tex “vive” o que nós queremos viver e não podemos. Então, nós projectamos nele o Ser que não somos. Aí vem a identificação e o amor pela personagem.
Genildo Firmino Santana: Os argumentos e os desenhos, o cuidado dos criadores e dos coleccionadores. Além disso, existe em Tex uma espécie de mística que contagia e por ser algo místico é difícil de ser explicado. Tex remete-nos a um outro mundo. E isso na nossa psicologia é imprescindível. Penso que todo o texiano sonha com as galopadas nas pradarias, com um acampamento no deserto, com cavalgadas ao ar livre. Nesta óptica, Tex “vive” o que nós queremos viver e não podemos. Então, nós projectamos nele o Ser que não somos. Aí vem a identificação e o amor pela personagem.

Genildo Firmino Santana:Sim. Sempre que vou a João Pessoa, visito o G. G. Carsan, vejo o Gilson Galvão. Quando em Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, vejo o Lucílio Valério, o Jesus e outros. Inclusive, ajudei o Lucílio na sua 1ª Expo-Tex de Afogados da Ingazeira em 2008. Aqui em Tabira, sempre encontro amigos que gostam de Tex, mas não coleccionam. Tento convencê-los (ou sensibilizá-los) para que façam suas colecções. Quando os encontro, busco saber das novidades, das notícias sobre as revistas, sobre a Mythos, etc.
Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Genildo Firmino Santana: Vejo um futuro promissor. O advento tecnológico não suprimiu o prazer pela leitura. E a leitura de banda desenhada assumiu contornos impressionantes. Antes, havia o mito de que as crianças não podiam ler revistas aos quadradinhos porque “ler banda desenhada fazia mal”. Hoje, as escolas estão criando as gibitecas (bedetecas em Portugal), como forma de incentivo à leitura. No caso do Brasil, acredito que, com o trabalho que a Mythos Editora vem fazendo, Tex vai longe. As Expo-Tex que são realizadas não permitem que Tex caia no esquecimento e atraem os leitores da velha guarda e os novos. Por isso não temo pelo fim da personagem. Tex ultrapassa fronteiras e gerações.
Genildo Firmino Santana: Vejo um futuro promissor. O advento tecnológico não suprimiu o prazer pela leitura. E a leitura de banda desenhada assumiu contornos impressionantes. Antes, havia o mito de que as crianças não podiam ler revistas aos quadradinhos porque “ler banda desenhada fazia mal”. Hoje, as escolas estão criando as gibitecas (bedetecas em Portugal), como forma de incentivo à leitura. No caso do Brasil, acredito que, com o trabalho que a Mythos Editora vem fazendo, Tex vai longe. As Expo-Tex que são realizadas não permitem que Tex caia no esquecimento e atraem os leitores da velha guarda e os novos. Por isso não temo pelo fim da personagem. Tex ultrapassa fronteiras e gerações.
Prezado pard Genildo Firmino Santana, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.
(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)
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