500 manisfestantes ocupam obras da Barragem da Ingazeira
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Cerca de 500 manifestantes ocuparam na
manhã desta sexta-feira (14) as obras da Barragem de Ingazeira. As
famílias reivindicam o pagamento de indenização para deixar os locais
onde moram. Os funcionários que trabalham na obra foram impedidos de
entrar nos canteiros e os serviços estão paralisados, informa o G1.
Segundo Katia Patriota, assessora do Polo Sindical do Pajeú, cerca de
400 famílias precisarão deixar as terras para a construção da barragem,
que terá a função de amenizar os efeitos da seca na região. “Os
moradores irão sair sem ter certeza do futuro. Já tivemos várias
reuniões com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e
nenhum posicionamento foi dado sobre as indenizações”, explica.
Ainda segundo a assessora, alguns
moradores foram comunicados que receberiam indenizações nos valores de
R$ 500 a R$ 1 mil, o que segundo a mesma, é um valor muito baixo. “Quem
vai conseguir comprar uma casa nova e terras para trabalhar com este
dinheiro? É impossível. Os moradores precisam de uma resposta concreta
sobre o que vão receber para seguirem com suas vidas”, detalha.
A assessora informou ainda que uma
audiência pública foi realizada em novembro do ano passado para discutir
o assunto. Nesta reunião, o Dnocs teria se comprometido a rever as
avaliações e indenizações para as família em 60 dias. “Já se passaram
100 dias e ninguém obteve nenhuma resposta. Nós só vamos liberar os
trabalhos na barragem quando o Dnocs nos der uma resposta sobre quando
vão começar os pagamentos e quanto será pago”, afirma.
Em contato com a coordenadora estadual do Dnocs, Rosana Bezerra, que afirmou que o departamento estava aguardando a assinatura de um decreto de desapropriação para dar início aos pagamentos. “O documento foi assinado há 15 dias pela presidente. Firmamos um acordo com o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe) para dar titularidade das terras, já que muitos moradores não possuem documentos do local. Acreditamos que os pagamentos das primeiras famílias começarão na próxima semana com o lançamento do edital de convocação dos moradores”, explica.
Em contato com a coordenadora estadual do Dnocs, Rosana Bezerra, que afirmou que o departamento estava aguardando a assinatura de um decreto de desapropriação para dar início aos pagamentos. “O documento foi assinado há 15 dias pela presidente. Firmamos um acordo com o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe) para dar titularidade das terras, já que muitos moradores não possuem documentos do local. Acreditamos que os pagamentos das primeiras famílias começarão na próxima semana com o lançamento do edital de convocação dos moradores”, explica.
Ainda de acordo com a coordenadora, os
moradores receberam visitas de comissões técnicas, que avaliaram todos
os bens das famílias para posterior indenização. “Tudo que o morador
tiver será indenizado. Tanto terra, quanto imóvel. Os pagamentos serão
feitos de acordo com uma tabela nacional de preços utilizada neste tipo
de situação”, completa.