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O grito pacífico do Recife

sexta-feira, 21 de junho de 2013 Marcadores: ,
    








O Brasil viveu, ontem, um dia histórico. Seu povo saiu às ruas em mais de 100 cidades, entre as quais as principais capitais, como São Paulo, que reuniu 100 mil pessoas. Um verdadeiro formigueiro humano foi visto também no Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife. Brasília ferveu.
Manifestantes romperam as barreiras impostas para chegar até ao Congresso, entraram em confronto com policiais e atearam fogo na Esplanada dos Ministérios e nas proximidades do Itamaraty.
Com exceção do Recife, que fez um ato pacífico, com o branco da paz, cenas de vandalismo se reproduziram em várias partes do País.
Lamentável! Protestos se fazem com palavras de ordem, com o eco da voz rouca nas ruas e não com violência. Recife não registrou incidentes graves, badernas, agressões, nada disso, além do grito forte do seu povo em caminhada que ficou marcada para a história, não apenas pela grande adesão da população, mas pela civilidade e pacifismo.
Gente consciente e engajada. Jovens caras pintadas, cartazes com frases duras, mas que simbolizavam as razões do belíssimo ato. Recife deu um show de democracia e até a polícia, bem comportada, acabou sendo aplaudida pela multidão.
Apenas tumultos isolados, sem graves consequências, se observaram em frente ao prédio da Prefeitura. Mas, como a manifestação foi comparada ao mar de gente do Galo da Madrugada, isso se diluiu.
O recado do Recife, porém, foi dado ao País: a revolta do povo não se dá pelo aumento de 20 centavos nas passagens, mas por dignidade na política, saúde de qualidade, escolas eficientes, rejeição a PEC que imobiliza o Ministério Público, fim das obras superfaturadas e com caras de elefantes brancos, como as arenas da Copa do Mundo. E, principalmente, o receio da volta da inflação.
CAIU NA REAL– Mais uma vez, a TV-Globo se rendeu aos fatos: abandonou a transmissão dos jogos da Copa das Confederações, ontem, para transmitir ao vivo as manifestações que ocorreram em várias partes do País. As equipes globais, entretanto, tiveram que cobrir os atos nas ruas sem o loco tradicional da emissora e com segurança particular, temendo agressões de populares, como ocorreu com o jornalista Caco Barcelos, em São Paulo.
Sitiada no Planalto - Enquanto Brasília pipocava, ontem, com milhares de manifestantes em frente ao Congresso e ao Itamaraty, a presidente Dilma despachava no Palácio do Planalto, a 300 metros do burburinho como se estivesse sitiada. Foi de lá, depois de acompanhar pela televisão o que se passou no País, que resolveu cancelar sua ida ao Japão.
Apenas chute - No Recife, a Polícia Militar abusou do seu chutômetro.  Chegou a calcular em 100 mil os manifestantes presentes nas ruas da capital, recuando depois para 52 mil. Para garantir a tranquilidade do ato, o Governo mobilizou mais de mil policiais. Se o Galo da Madrugada arrasta um milhão de pessoas, por que não havia, ontem, 100 mil pessoas na manifestação?
No Sertão - Petrolina e Juazeiro, cidades irmãs, separadas pelo rio São Francisco, se uniram, ontem, mais uma vez, numa manifestação que arrastou mais de seis mil pessoas. No final da tarde, a multidão se concentrou na ponte Presidente Dutra, cujo movimento de carros ficou interrompido por mais de duas horas.
Mantega vai cair - Notícias que chegam de Brasília dão conta de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está com os dias contados. Na verdade, segundo uma fonte palaciana, ele deve ser substituído pelo ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Mantega cai, na verdade, por fadiga de material e deve arrastar boa parte da sua equipe econômica.

CURTAS
EFEITO COLATERAL– Na opinião do cientista político Ricardo Guedes, da Fundação Getúlio Vargas, as manifestações que sacudiram o País nos últimos dias tornaram indefinidas as eleições presidenciais de 2014. Ele acredita que o pano de fundo do inconformismo é a ameaça da volta da inflação.
IMAGEM ARRANHADA– O Governo está extremamente preocupado com a grande repercussão externa das manifestações no Brasil. Especialmente porque jornais e revistas internacionais tratam os protestos como reação a tudo, destacando principalmente a Copa das Confederações.
Perguntar não ofende: E os protestos param por ai ou vão continuar nos próximos dias, mesmo a passagem já tendo sido reduzida?
'É melhor um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a casa cheia de iguarias e com desavença'. (Provérbios 17:1)

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